Página da REDE DE EMERGÊNCIA ALIMENTAR

Rede de Emergência Alimentar: ajudar não pode parar.

A Rede de Emergência Alimentar é uma resposta à situação de emergência que o país vive. Visa levar alimento a quem dele carece, apoiando quem encontra numa situação difícil provocada pelo impacto social e económico da pandemia.

 

Porque foi criada a Rede de Emergência Alimentar

As medidas tomadas, indispensáveis para prevenir o contágio da doença provocada pela Coronavírus, provocaram situações extremamente difíceis, até desesperadas. Afigurou-se urgente acautelar o risco de situações de rutura de apoio alimentar, de isolamento, de desespero. Muitas famílias ficaram sem qualquer rendimento ou renumeração de forma inesperada, impedidas de trabalhar pelo encerramento de muitos atividades ou com reduções substanciais do rendimento disponível. Famílias cuja vida estava perfeitamente organizada e que nunca antes se tinham encontrado numa situação de pobreza.
Por um lado, várias Instituições de Solidariedade foram obrigadas a encerrar algumas das respostas sociais de apoio disponibilizadas (como creches, infantários, ATL, centros de dia e de convívio, e até em algumas situações, a distribuição de cabazes de alimentos); por outro lado, verificou-se uma redução dos técnicos e auxiliares que colaboram nestas Instituições, na sua grande maioria mulheres, que, pelo encerramento das escolas e equipamentos escolares, foram obrigados a ficar em casa em assistência à família impossibilitando assim a prestação de alguns dos apoios sociais.
Por outro lado, ainda, foi restringido ou até proibido temporariamente o acesso aos voluntários que colaboram com essas Instituições para evitar contágios, assim como aos familiares dos utentes no caso de lares de idosos e casas de acolhimento.
Sendo essencial respeitar as recomendações das autoridades de saúde pública, destinadas a reduzir os contágios, foi importante estruturar uma rede de distribuição alimentar que, acautelando a higiene e a segurança, permita alimentar e apoiar quem foi impactado pela pandemia.
Várias iniciativas de solidariedade entre vizinhos e paróquias surgiram, de forma espontânea, com voluntários que se disponibilizam para fazer as compras aos mais idosos evitando que saiam de casa. Neste caso, são pessoas que podem suportar o custo das suas compras e as confiam a um voluntário do seu prédio ou da sua paróquia.
Ficaram, todavia, sem qualquer apoio:
- as pessoas que habitualmente são apoiadas pelas IPSS que encerraram;
- as pessoas que não têm capacidade financeira para comprar os produtos de que necessitam, aquelas cuja única refeição era a refeição que consumiam na creche, infantário ou centro de dia;
- as pessoas que dependem do cabaz de alimentos que recebem semanal ou mensalmente;
E, a estas acrescem as pessoas que ficaram numa uma situação de desemprego, de baixa por assistência à família com a redução de rendimento inerente, que viviam muitas vezes já em grande fragilidade financeira.

Quem estruturou a Rede de Emergência Alimentar

Foi estruturada pela ENTRAJUDA, em articulação com os Bancos Alimentares, assente nas Instituições de Solidariedade Social, nas Autarquias e outras entidades que prestam apoio. Funciona graças a uma equipa de voluntários, com coordenação regional com base numa ferramenta colaborativa.

Como funciona a Rede de Emergência Alimentar

Uma Rede desenvolvida:
- com inscrição das necessidades registadas em formulários online
- gestão dos pedidos em plataforma informática;
- envolvendo estruturas já existentes e canais já montados;
- ligação a uma IPSS/Autarquia próxima da residência;
- mobilizadora de um corpo de voluntários, devidamente protegidos, que em horário e local definido, realizam o transporte das refeições confecionadas ou dos produtos para os pontos de entrega ou até para casa dos mais frágeis, reduzindo o número de pessoas em circulação mas garantindo o abastecimento;

Balanço dos primeiros 6 meses

A Rede de Emergência Alimentar reuniu desde que foi criada, em 19 de Março, donativos que permitiram apoiar mais de 60.750 pessoas, que se encontram em situações de carência na sequência da pandemia da COVID-19.
A resposta ao desafio lançado pela Rede de Emergência Alimentar, foi imediata, tendo reunido o apoio de mais de 1000 voluntários e a adesão de milhares de particulares e mais de 800 entidades (empresas, fundações, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) de Portugal e do estrangeiro. Os donativos recebidos nos primeiros seis meses permitiram adquirir mais de 1,8 toneladas de alimentos básicos, que representam um total de 4,656 milhões de refeições, minorando situações de apoio alimentar, de isolamento e de desespero de muitas famílias em todo o território nacional.
Foi, para além disso, cumprido um dos grandes objetivos propostos de tornar as ajudas às famílias tão próximas quanto possível da sua residência, reduzindo as deslocações e simultaneamente procurando dar uma resposta integral a necessidades diversas, que vão muito para além do apoio alimentar, tendo sido possível construir redes locais de apoio, articuladas entre si e permitindo evitar fraudes e duplicações.
A situação que se vive atualmente, com o novo encerramento da economia e das escolas, originou um novo acréscimo dos pedidos de apoio e veio evidenciar que estas não são, infelizmente, situações pontuais de necessidade.

Rede de Emergência Alimentar: ajudar não pode parar.

Para mais informações:
https://rededeemergencia.pt
rede.emergencia.alimentar@bancoalimentar.pt
Donativo por MB Way - 917491866
Donativo por transferência - IBAN PT50 0033 0000 00245880936 05
Donativo por referência Multibanco Aqui
Donativo de alimentos em www.alimentestaideia.pt